"Temos aqui um caso, que pode ser um 'casão'" - que pode levar, inclusive, à suspensão da Selecção do Brasil pela FIFA, impedindo-a de jogar no Mundial -, começou por dizer o comentador da SIC, Rui Santos, no arranque do Tempo Extra deste domingo.
Em causa está a utilização do jogador Bruno Cazarine (que já actuou em Portugal, na Naval, em 18 jogos da Liga) em três clubes, quando só o poderia fazer por dois, no mesmo ano, quando não estão em causa campeonatos cruzados de países diferentes.
Cazarine não poderia ter actuado pelo Guarani, porque no mesmo ano (de Janeiro a Dezembro) já havia jogado pelo Chapecoense (Janeiro a Maio) e pelo Gyeongnam, da Coreia do Sul (Junho a Agosto).
Rui Santos explicou que, em 26 de Novembro, a CBF se pronunciou a favor da regularidade da inscrição, mas a Portuguesa - clube que se considera lesado - dirigiu-se directamente à FIFA, cujo departamento jurídico enviou uma carta ao secretário-geral da CBF, Marco António Teixeira, intimando-a a cumprir o artigo 5 (§3) do Estatuto de Transferência dos Jogadores.
Esse artigo 5 - explicou o comentador da SIC - determina que "os jogadores podem estar inscritos no máximo em três clubes na mesma temporada, mas, durante esse período, o jogador somente poderá actuar em jogos oficiais por dois clubes". Deste modo, porque a excepção contida nesse artigo não se aplica - os campeonatos não se cruzam -, o Guarani deveria ter sido sancionado pela CBF, que tem agora uma "bomba" nas mãos.
Se a CBF não cumprir com os preceitos da FIFA - explicou ainda Rui Santos -, violará o artº 145, ponto 5, do seu Código Disciplinar, que, para situações consideradas "graves", poderá levar "à exclusão de uma competição em marcha ou futura". É aqui que cabe, no limite, a possibilidade de o Brasil ser suspenso pela FIFA da participação no Campeonato do Mundo, na África do Sul, onde tem como parceiro de Grupo a Selecção de Portugal.
O comentador da SIC conclui que "algo tem de acontecer nos próximos dias" para que a CBF saia dos maus lençóis em que se embrulhou.
Recorde-se que foi Rui Santos a desencadear o "caso Meyong", em Portugal. A diferença está em que a Liga e a FPF agiram (o Belenenses foi sancionado com subtracção de pontos) e a CBF começou por dar razão ao Guarani.
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