domingo, 13 de dezembro de 2009

40% das pessoas vacinadas travam nova onda da gripe

O director-geral da Saúde, Francisco George, quer travar um novo pico da gripe através da vacinação. Por isso, estima que "com a imunização de 40% e 50% das pessoas é possível travar uma eventual segunda onda da gripe A", revela ao DN. Apesar de não se saber quando e se poderá haver nova onda da doença, a Direcção--Geral da Saúde está preocupada, "porque ainda não houve a actividade gripal do Inverno", época por excelência da gripe sazonal.

Mário Carreira, da Direcção-Geral da Saúde (DGS), admite que, neste momento, entre as pessoas que já tiveram gripe e as que foram vacinadas, "cerca de 20% da população já esteja protegida". O que significa que, no pior cenário, dois a três milhões de portugueses teriam de ser vacinados.

Além destes grupos, há pessoas parcialmente imunes à doença, "geralmente porque contactaram com estirpes semelhantes do vírus (casos das pessoas com mais de 30 anos). Mas não sabemos quantas estão nesta situação", afirma.

"Nem nós nem os Estados Unidos, localizados no hemisfério norte, tivemos a gripe pandémica de Inverno. Não sabemos se a vamos ter e não podemos antecipar o que vai acontecer. Mas temos de admitir essa eventualidade", refere o responsável.

Se, para já, foram usadas 240 mil das 311 mil doses entregues a Portugal, é possível chegar mais longe. "Seria um sucesso con- seguirmos fazê-lo para o caso de haver nova onda. Se o fizermos, podemos estar protegidos", garante ao DN.

Vítor Faustino, sociólogo e responsável pelo gripenet, duvida que se consiga uma cobertura tão elevada, "até porque estamos a reparar que o cepticismo das pessoas em relação à vacina está a aumentar". Se for cumprido, "interfere-se com o mecanismo de transmissão da gripe", admite, apesar de a medida poder contribuir para que o vírus H1N1 sofra uma mutação mais depressa.

Com 7% a 10% da população afectada, os especialistas dizem que a infecção ficou muito abaixo dos cenários mais pessimistas (de 30%). Com um pico epidémico tão suave, "é possível que uma segunda seja mais agressiva, até porque ainda não vivemos a fase intensa da gripe sazonal", diz o sociólogo. Mário Carreira diz que, como a epidemia chegou mais tarde ao País, foi possível programar a vacinação e medidas de contenção. "É por isso que hoje já podemos equacionar uma segunda onda moderada ou mesmo nula."

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