Reportagem de Julio Wiziack publicada na Folha desta segunda-feira (23) informa que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) vai tomar medidas para enquadrar as operadoras de banda larga móvel --em 3G (terceira geração, para celular e modem)--, que hoje não entregam aos consumidores a velocidade contratada.
A medida está no contexto do crescimento explosivo da internet móvel. A íntegra da reportagem está disponível para assinantes do UOL e do jornal.
Atualmente, a agência não tem como exigir, das teles móveis, metas de qualidade da internet 3G porque não existe um regulamento específico para esse serviço. Apenas a internet pela rede fixa é fiscalizada.
Isso não significa que a Anatel não monitore a internet móvel. Cada vez mais os consumidores reclamam que estão sendo lesados porque só conseguem navegar com menos de 10% da velocidade contratada.
Não existe ainda um levantamento consolidado sobre o total de reclamações, mas a Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) levou o caso ao MPF (Ministério Público Federal) de São Paulo, que o está investigando. Em janeiro, ocorrerá a primeira audiência pública.
"Entendo que existem dificuldades técnicas para as operadoras, mas não há diferença entre comprar um quilo de carne e 1 Mbps de banda larga", afirma o procurador Márcio Schusterschitz.
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