O Millennium ib reviu em alta o preço-alvo para a Jerónimo Martins, de 7,10 para 7,70 euros, mantendo a recomendação de "reduzir". Os resultados de 2009 contribuíram para a actualização da avaliação da retalhista.
“Com base nos lucros do ano de 2009, de par com o relatório anual, decidimos ‘afinar’ a nossa avaliação da JM. O nosso preço-alvo para 2010 foi revisto de 7,10 para 7,70 euros, ao passo que a recomendação ficou inalterada: “reduzir” (médio risco)”, refere a nota de análise do Millennium investment banking.
O “research”, conduzido pelo analista João Flores, salienta também que foi actualizada a taxa de câmbio entre o euro e o zloty que o Millennium ib está a usar para avaliar a retalhista.
“Recordamos que estamos a utilizar uma taxa de câmbio para 2010 de 3,95 zlotys por euro (contra 4,19 anteriormente) para calcularmos a avaliação da Biedronka na SoTP [soma de todas as partes], ao passo que estamos a usar a taxa anual de 4,03 zlotys por euro (contra 4,15 previamente) para estimarmos as vendas da Biedronka em euros”, sublinha a nota de “research”.
“A afinação (efeito de 0,25 euros) das estimativas (revisão em alta para as margens da polaca Biedronka, de par com margens ligeiramente menores para o retalho em Portugal) e os números relativos ao volume de negócios (revisto em alta, tanto para Portugal como para a Polónia), em conjunto com a actualização da taxa de câmbio euro-zloty (efeito de 0,35 euros), conduzem ao efeito positivo de 0,60 euros no preço-alvo da Jerónimo Martins”, diz Millennium ib.
Além disso, João Flores diz estar convicto de que a crescente internacionalização da JM, de par com a natural sucessão do “chairman”, iriam colocar limitações ao actual modelo de gestão centralizado, pelo que era necessário descentralizar.
A análise destaca ainda que apesar de Luís Palha da Silva ter visto a sua influência reduzida, é importante que o responsável e Alexandre Soares dos Santos se mantenham na estrutura organizacional da retalhista, “o que ajudará a manter a confiança na JM enquanto a empresa se adapta à nova estrutura”.
“Em suma, temos um novo preço-alvo para o ano de 2010, que é de 7,70 euros. Atendendo ao potencial de desvalorização de 1% da acção [face ao fecho de sexta-feira, nos 7,745 euros], a recomendação é de ‘reduzir’ (médio risco)”, conclui a nota de “research”.
Fonte: Jornal de Negócios
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