A bolsa nacional encerrou em alta, a acompanhar a tendência do resto da Europa, estimulada sobretudo pela Portugal Telecom e pela Galp. A contribuir para travar os ganhos estiveram as duas empresas do universo EDP.
O PSI-20 fechou a ganhar 0,98%, para se fixar nos 8.080,23 pontos, com apenas quatro títulos em baixa, numa sessão em que mudaram de mãos 38,9 milhões de acções.
No resto do Velho Continente, cuja negociação termina pelas 17h de Lisboa, o movimento é igualmente positivo, pela primeira vez em quatro sessões.
Depois da queda de ontem, muito à conta da incerteza que paira em torno da ajuda financeira à Grécia, as praças europeias estão a ser sustentadas pelos lucros acima do esperado do Legal & General Group e pela revisão em alta das estimativas dos resultados da Carnival. Além disso, o Banco da China reportou ganhos superiores ao previsto pelos analistas, o que também está a contribuir para a tendência.
Por cá, a Portugal Telecom foi a empresa que mais sustentou o índice de referência, ao fechar em alta de 1,91% para 8,357 euros.
O CEO da PT, Zeinal Bava, esteve hoje reunido com o Goldman Sachs e, após o encontro, o banco emitiu uma nota de análise reforçando a sua visão positiva para a operadora, mantendo a recomendação de “comprar” e o preço-alvo de 8,20 euros para as acções. Bava está actualmente em Londres, num “road-show” de promoção da empresa.
No mesmo sector, a Zon registou uma subida de 0,80% para 3,777 euros, ao passo que a Sonaecom cedeu 1,26% para 1,642 euros.
Na restante família Sonae, a tónica foi mista. A Sonae SGPS fechou a ganhar 0,45% para 0,885 euros, a Sonae Indústria avançou 1,02% para 2,38 euros e a Sonae Capital manteve-se inalterada nos 0,63 euros – cotação que mantém desde a passada quinta-feira.
Outro dos títulos que mais ajudou à subida do PSI-20 foi a Galp Energia. A empresa comandada por Ferreira de Oliveira terminou a valorizar 1,34% para 12,865 euros, num dia em que o banco nipónico Nomura elegeu a Galp como uma das suas petrolíferas preferidas na Europa.
No restante sector energético, a tendência foi mista. Tal como ontem, a EDP foi o título que mais pesou do lado das perdas. A empresa liderada por António Mexia cedeu 0,11% para 2,852 euros. A EDP Renováveis não fugiu ao movimento e resvalou 0,07% para 5,739 euros. A REN, por seu lado, conseguiu terminar em alta de 0,13% para 3 euros, anulando assim o efeito de queda de ontem.
A banca foi outro dos sectores em destaque, num dia em que o BES anunciou o lançamento de uma emissão de obrigações convertíveis em acções do Bradesco, no valor de 950 milhões de dólares (700 milhões de euros), e em que o BCP referiu que pretende realizar uma emissão de títulos de dívida em euros com uma maturidade de três anos.
O BCP fechou a ganhar 0,24% para 0,821 euros, o BES terminou a pular 0,65% para 4,017 euros e o BPI escalou 1,50% para nos 1,96 euros.
Na construção, o bom desempenho foi generalizado . A cimenteira Cimpor avançou 0,39% para 5,534 euros, depois de o ministro dos Transportes da Índia, Kamal Nath, ter dito que o país quer atrair investimentos de 41 mil milhões de dólares nos próximos três a quatro anos. Os analistas do Caixa BI consideraram esta notícia “potencialmente positiva” para a cimenteira.
Recorde-se também que o conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos vai decidir amanhã quem irá substituir Bayão Horta como “chairman” da Cimpor. Em cima da mesa estão dois nomes: Mário Lino e Eduardo Catroga.
Por seu lado, a Mota-Engil valorizou 0,40%, para 3,253 euros. Fora do PSI-20, a Teixeira Duarte registou um acréscimo de 1%, para 1,01 euros, e a Soares da Costa apreciou-se 0,95% para 1,06 euros.
Consenso não parece haver no sector da pasta e papel, que continua a revelar-se bastante díspar. A Portucel, que ontem disparou 3,40%, fechou a ganhar 0,64% para 2,048 euros, tendência em que foi seguida pela Semapa, que subiu 2,02% para 7,87 euros. “Performance” muito diferente teve a Altri, que registou um decréscimo de 1,06% para 5,04 euros. Ainda no papel, a Inapa recuperou 1,45%para 0,631 euros.
A Brisa foi o terceiro título que mais contribuiu para o bom desempenho da bolsa lisboeta, animada pelas perspectivas de recuperação económica. A concessionária de autoestradas pulou 2,70% para 6,418 euros.
A Impresa, que está entre as “small e mid caps” europeias “menos favoritas” para o UBS, avançou 0,71% para 1,41 euros. A 15 de Março, o UBS tinha actualizado as estimativas para a Impresa, após conhecer os resultados de 2009. O “target” foi revisto em alta, praticamente duplicando até 1 euro, mas a recomendação para a empresa liderada por Pinto Balsemão manteve-se em “vender”.
Fonte: Jornal de Negócios
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
-
Propostas são propostas e não são decisões, garante o ministro da Economia. O ministro da Economia garante que não há qualquer decisão tomad...
-
A PT inaugurou esta sexta-feira, no Funchal, um novo centro de atendimento. As instalações dispõem actualmente de 72 postos de trabalho, mas...
-
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) decidiu nesta quarta-feira (18) adiar a decisão sobre o substitutivo da sena...
Sem comentários:
Enviar um comentário