A fragata portuguesa "Álvares Cabral" está a combater um ataque de piratas na zona do Golfo de Aden, ao largo da Somália, revelou o porta-voz da NATO, comandante Santos Fernandes.
"Neste momento está em curso um ataque de piratas", disse o responsável, recusando adiantar pormenores acerca da missão, dado tratar-se de "uma operação com alguma sensibilidade", que "está ainda a decorrer".
Este ataque, o primeiro de ano, junta-se à lista dos 33 ocorridos nos últimos seis meses naquela zona, período em que o combate à pirataria na Somália esteve sob o comando de Portugal.
"Nesse período foram neutralizados pela NATO cerca de 103 suspeitos de pirataria, dos quais 44 foram da responsabilidade dos dois navios portugueses que estão no teatro de operações", adiantou o comandante da fragata "Álvares Cabral", que desde Novembro passado se encontra ao largo da Somália, em substituição da fragata "Côrte-Real".
Desde que a área da responsabilidade da NATO se encontra sob comando português, foi apenas registado o sequestro de um navio. Uma situação que o responsável classifica como "uma redução bastante substancial", tendo em consideração que em idêntico período, no ano transacto, ocorreram 26 sequestros.
Em declarações à Lusa, o comandante Santos Fernandes fez um balanço da actividade da NATO no combate à pirataria. Assim, só no ano de 2009 foram registados 410 ataques de piratas em todo o mundo, dos quais resultaram 47 navios sequestrados e cerca de 800 pessoas tornadas reféns. Desse número, 178 ataques ocorreram na Somália, local onde foram sequestrados 45 navios e 760 tripulantes foram tornados reféns.
Números que o porta-voz considera positivos, uma vez que entre 2000 e 2006, "decorreram 2400 ataques de pirataria em todo o mundo".
O responsável pela fragata "Álvares Cabral" adiantou ainda que, em 2009, foram contabilizadas as mortes de cinco reféns e de dez piratas, além de vários feridos. Em termos comparativos, em 2008 ocorreram duas centenas de ofensivas efectuadas por piratas, das quais resultaram 36 navios sequestrados e 631 pessoas tornadas reféns.
Actualmente, cerca de 20 navios pertencentes à Nato ou com a bandeira dos Estados Unidos e de países da União Europeia encontram-se a navegar no teatro de operações, com o objectivo de impedir a pirataria.
Fonte: Jornal de Notícias
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