O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) afirmou nesta terça-feira (29) que o governo não tem a intenção de substituir a iniciativa privada como provedor de internet de alta velocidade no interior do país. Há cerca de duas semanas, a União conseguiu na Justiça a posse da rede de fibras óticas da Eletronet.
"Nós não queremos ocupar o espaço das empresas, queremos é que a banda larga seja oferecida para todo o país", disse o ministro. Bernardo criticou a banda larga fornecida hoje no Brasil, que segundo ele é "só meio larga, caríssima e não é oferecida em todo o território".
Mas, ponderou, a rede de fibra ótica já instalada não seria capaz de realizar essa cobertura. Bernardo afirmou que o governo pretende começar a estruturar e conectar as linhas já no primeiro semestre do próximo ano.
"A ideia é colocar essa banda larga à disposição de instalações públicas e também abrir para provedores privados de internet que queiram explorar, evidentemente pagando pelo uso da rede."
O ministro, no entanto, não descartou a possibilidade de o serviço ser oferecido por meio de uma estatal nas localidades não contempladas pelo sistema privado.
Orçamento
Bernardo também comentou o atraso do Congresso no envio da Lei Orçamentária para a sanção presidencial. O ministro descartou que o texto aprovado pelos parlamentares seja entregue até amanhã. "Ainda há uma divergência sobre a forma final de alguns recursos, algumas emendas", disse.
Assim, o governo terá que trabalhar com uma autorização especial para o pagamento de parte das despesas enquanto aguarda a sanção.
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