A CSN terá que subir a oferta sobre a Cimpor para conseguir o apoio dos accionistas da empresa portuguesa, considera o Barclays Capital que não acredita, no entanto, que a Lafarge lance uma oferta concorrente.
A CSN lançou hoje uma OPA sobre a Cimpor, oferecendo 5,75 euros por cada acção da cimenteira. Este valor avalia a empresa portuguesa em 3,86 mil milhões e fica 2,21%, ou 89,44 milhões, abaixo da avaliação que os analistas fazem da Cimpor. A média dos preços-alvo atribuídos pelos analistas, antes do lançamento da OPA, avalia a Cimpor em 3,95 mil milhões de euros.
Numa nota de “research”, os analistas do Barclays Capital sublinham que o facto da Cimpor ter encerrado 10% acima da oferta leva-os a crer que "será necessário uma oferta mais elevada" para conseguir o apoio de 50% dos accionistas mais um. Recorde-se que a Teixeira Duarte é o maior accionista da Cimpor com 22,9%, seguida da francesa Lafarge, com 17,3%.
A posição da Caixa Geral da Depósitos (CGD) – quinto maior accionista da Cimpor com 9,6% do seu capital - relativamente à oferta pública de aquisição que a Companhia Siderúrgica Nacional lançou sobre a Cimpor terá em conta o facto de o banco público ter como preocupação a defesa dos centros de decisão nacional adiantou Fernando Faria de Oliveira, presidente da CGD, ao Negócios.
E esta é até ao momento a única reacção de accionistas à OPA hoje lançada.
Independentemente disto, os analistas do Barclays Capital não acreditam que a Lafarge lance uma oferta concorrente. “A Cimpor está classificada como disponível para ser vendida nas contas da empresa” e a cimenteira francesa “está empenhada em reduzir a alavancagem financeira e arriscaria a notação da sua dívida se fizesse uma oferta concorrente” avançam os analistas do Barclays, que recordam que a Lafarge não mostrou qualquer interesse em adquirir a Cimpor, recentemente.
De resto, os especialistas acham que a CSN poderá estar a dar um “grande passo” rumo a um negócio que não é principal, o do cimento, e preferiam que o conselho de administração da CSN se concentrasse no ferro e aço ou que retomasse os projectos de aço que recentemente colocou em curso.
“Embora reconheçamos que a aquisição poderá conduzir a mais ganhos e uma diversificação geográfica, acreditamos que o mercado tende a penalizar empresas que percam o foco estratégico”, acha o Barclays Capital.
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